domingo, 20 de janeiro de 2013

POESIA DO DESESPERO - É OUTONO







É Outono, a desfolhada,
Folhas soltas cobrem o chão.
São cartas para a minha amada,
Lamentos de solidão.

Arrastadas pelos ventos,
Em todas as direções
Espalham os meus lamentos,
Que mais parecem orações.

São cartas inacabadas,
Palavras que foram desfeitas.
Pelas lágrimas derramadas,
Em prosas que eram perfeitas.

São apelos sem endereço,
Que, em tempos, o perdi.
É por amor o que padeço,
É a solidão que aprendi.

É Outono, dias cinzentos,
Uma nuvem a desabar.
Alivia-se de meus tormentos,
Em cascatas de assombrar.



*VERSOS, DA INFÂNCIA DA ESCRITA, REVISTOS E REPUBLICADOS.