terça-feira, 20 de setembro de 2011

TEU DERRADEIRO OLHAR















A vos da Terra e dos Céus
E de planetas incógnitos
Reparem nos olhos seus
Partiram, os meus atónitos

Olhos idos, já sem vida
Dos vivos ja esquecidos
Tão sofridos na partida
De cruéis males sofridos.

Olhos meigos, olhos ternos
Reflectiando a luz divina
Por isso, que sejam eternos
Vivos, para lá da cortina

E em outra dimensão
Longe do alcance das mentes
São olhos que reinarão
São uma bênção, presentes

Na Terra, perderam o brilho,
Estrelas que empalideceram
Tão penoso foi seu trilho
Das dores de que gemeram

E tao belos olhos, parados,
Atendiam a morte esperada
Teriam eles sido tocados?
Pela certeza do nada?

Eram barcos adornados
Lançando apelos constantes
Aguas de lágrimas, inundados
De desesperança,  suplicantes

Olhos que em tempos idos
Reinaram em terras da Beira
Por eles, corações perdidos
Partiram, reina a cegueira

E em todo o Universo
Jamais uns olhos assim
Inspirarão outro verso
Foi-se a poesia de mim

                                            




Este e outros quadros foram bordados por suas maos

                                                       




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QUEM  TINHA ESTES OLHOS, PARTIU
 MAS O SEU BRILHO AINDA AQUECE
TODA A ALMA QUE, UM DIA, OS VIU
E QUE NUNCA  DELES SE ESQUECE



Estes olhos sonhavam viajar. Não foi possível. Viajarão aqui e agora se algem os quiser ver, em qualquer parte do mundo