sábado, 17 de novembro de 2012

POESIA DO DESESPERO - ATÉ JÁ, MÃE

TEU SORRISO, O DERRADEIRO,
SAUDOSA IRMÃ, ME DIRIGISTE.
ESCURECEU O MUNDO INTEIRO,
DESDE O DIA EM QUE PARTISTE

Trágica hora a que agita
Minha mente massacrada.
A alma vagueia, aflita,
Errando, pela morte escoltada.

É que partiu minha mãe,
Nesta tarde de invernia.
Com ela partiu também,
O sopro que, em mim, havia.

E meus olhos destroçados,
Perderam-se na imensidão.
Pelos de minha irmã, achados
Voltaram a ser meu bordão.

Olhos que rumavam ao Sol,
Que nos seus olhos havia.
Sondaram em cada farol,
Da penumbra até ser dia

Querida irmã , anjo de vela,
Que sempre me  dás a mão.
Recebe a mãe, cuida dela,
Que findou a sua missão.

Missão repleta de dores,
Por mortes, perdas sofridas.
Caminho feito de horrores,
Tapete de vidas perdidas

Doce irmã, sempre presente,
Que me guardas na caminhada,
Que nossa mãe, agora ausente,
A guies em sua jornada.

Que os meus olhos se algemem
Nos alvores da eternidade.
Que, sofridos, chorem e gemem,
Nas arenas da saudade.

Do brilho do teu olhar,
Jorrava bondade e amor.
Que teima em me iluminar,
Quando dobrado pela dor.

É que meus olhos entristecidos,
Para sempre empalideceram.
Nas trevas jazem perdidos,
Desde que teus olhos morreram.

Sepultados em campa singela,
Já coberta pelo jasmim.
Mas eu, ao abeirar-me dela,
Ausento-me, viajo de mim.

Torno aos momentos perdidos
Nas funduras da lembrança.
Que breves, teus dias vividos,
Voaste, em anjo criança.

E porque acredito na vida,
Na dádiva que a mãe me deu.
Terei em conta, até à partida,
O lema que faço meu:

Tenho esperança que um dia,
O Homem tenha a noção.
Que a vida é paz e harmonia,
Que as auroras, milagres são.

ATÉ JÁ, MÃE. TAMBÉM PASSAS A FALTAR. A ÚLTIMA IDEIA QUE TE CONSEGUI TRANSMITIR FOI A DE QUE IRIA CONTINUAR O MEU COMBATE PARA TORNAR A MINHA PÁTRIA MAIS LIMPA E DIGNA, ALERTANDO O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE PESSOAS PARA: A CRIMINALIDADE DE RUA E OS AUTÊNTICOS NAZIS INSTALADOS NOS PARTIDOS, NO PARLAMENTO, NAS AUTARQUIAS E NOS TRIBUNAIS. PARTISTE PREOCUPADA COM O FUTURO DE QUEM FICA. POR CULPA DESSES CRIMINOSOS, TANTA GENTE ESTÁ EM DESESPERO. ATÉ ÀS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS.  PERSIGAMOS OS CRIMINOSOS NAS SUAS TOCAS. SABEMOS QUEM ELES SÃO E ONDE ESTÃO INSTALADOS. NÃO PONHAM FIM À VOSSAS VIDAS, ASSIM, SEM GLÓRIA. FAÇAM A JUSTIÇA QUE NÃO HÁ. POR VOSSAS MÃOS.

 MINHA MÃE APENAS CONSEGUIU DEIXAR CORRER UMA LÁGRIMA. É ESSA LÁGRIMA QUE GUARDO. TINHA ACABADO DE LHE AGRADECER A VIDA QUE ME TINHA DADO.

                                           ATÉ JÁ, MÃE.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

POESIA DO DESESPERO - O DESESPERO






Alma soluçante, em farrapos
Espantada com a servidão
Das gentes, míseros trapos
Quais escravos, na mansidão.

Povo meu, força exaurida
Do teu pensar tresmalhado
Porquê servo, mente falida
Por escroques, sodomizado.

E creste que tanto era teu
Quando, de ninguém, nada é
O paraíso se te prometeu
Rastejas, penhorado, sem  Fé.

E vergonha, a fome aparece
Em lares de ida abastança
É a esperança que anoitece
É a desventura que avança.

Mas a migalha ainda sobeja
Nos banquetes do deputado
Que a faminta criança almeja
Que bastava ao desempregado.

E voltam cíclicas desventuras
A conspurcar a Lusa memória
Lamentoso povo, porque aturas
E te curvas perante a escória.

E mais uma página da história
Se escreve, plena, de agrura
Perdeste as rotas da vitória
Derrotado pela tua brandura

Emigra, foge do pátrio chão
Te aconselham os chacais
Ao voltares com um tostão,
To roubarão, uma vez mais.

E a historia se vai repetir
Até não haver mais Nação
Dá vontade, chorar de rir
Da cobardia em ascensão.

Pobres dos teus descendentes
Quando algo, de ti, buscarem
Tua herança, misérias presentes
Deixaste os cravos murcharem.

Caíste em Alcácer-Quibir
Foi-se o tempo para rezar
És um vivo morto, a existir
Um morto vivo, a agonizar.

Para que serve a tua mão?
Tolhida pela vergonhosa modorra
Desacorrenta-te da escravidão
Luta pela Pátria, antes que morra.


ESTE PATRIOTA, QUEM DESCOBRE ONDE
FOI COLOCADO? Será deputado? Será juíz?
Será autarca? Será um ex-político, assaltante de
bancos ou construtor de autoestradas? Será
um sócio de um dos escritórios de advogados que
cozinham as leis aprovadas no parlamento?

A si, que foi obrigado a emigrar e que durante décadas enviou as suas economias para sustentar os chulos que por cá ficaram e que construíu a sua casa em Portugal, sabia que o vão voltar a roubar
com a nova lei de avaliaçõa de imóveis? Os pariotas das autarquias, todos eles membros dos partidos que destruiram o seu país e que você já teve  de subornar quando construiu a sua casa, ficaram por cá, porque nunca precisaram de trabalhar. Bastou-lhes o cartão do partido. Repare que retiraram o abono de família, roubaram parte das reformas aos aposentados, despedem os mais aptos para manter os das suas quadrilhas, retiram cuidados de saúde e medicamentos aos mais idosos, diminuem os apoios aos desempregados, etc. Já reparou que ninguém tocou nas mordomias que, criminosamente, conquistaram? E as PPS? E os 7.000.000.000 de euros roubados do BPN? Já viu algum destes bandidos ser condenado? E ainda vem para a praça pública uma cândida procuradora dizer que não há corrupção. Para quando, os exames de rotina aos tribunais, para descobrir quais as sentenças ou ausência delas, que foram tomadas sob o efeito de cocaína? Até quando se vai permitir este desvario?
Daqui, humildemente, rogo aos membros do FMI, CEE e Banco Central Europeu ( um deles foi assaltado por um carteirista no TRAM 28 ( elétrico 28 ), que se encontram em Portugal a emprestar dinheiro e a tentar endireitar as contas, que imponham a reforma da Justiça e do poder autárquico, os cancros do País. E que nunca aceitem um governo de salvação nacional do qual façam parte membros dos partidos existententes, sejam eles quais forem. Em nome de Fernando Pessoa, Camões, Vasco da Gama e Amália Rodrigues lhes faço este apelo. Há uns tempos que deixei de publicar a minha poesia. O pagode quer é futebol, telenovelas e uns copos. ARRE!!!!! Mas esta poesia é dedicada a si, que teve que emigrar porque o roubavam e que é roubado porque volta.

             
                                                                  

sábado, 27 de outubro de 2012

POEMAS DO DESESPERO - AMOR AO VENTO


                               


Meu trigo está por ceifar
Em sonhos que semeei.
Searas estão a secar
Quis amar, não amei.
************************

Tardando o amor em chegar
E tanto que já esbanjei.
E sendo  tempo de amar
Ao vento, meu amor lancei.
*************************

Tem o dom de se transformar
De minhas penas vai revestido
Tem olhos a lacrimejar
Um coração arrefecido.
***************************

Silvará em aldeias, cidades
Planícies, montanhas e vales
Recorrerá a divindades
Tentando sarar meus males.
***************************

Leva em pergaminhos dourados
Tesouros de esperança escondida
Prantos, em versos inspirados
Rimas de ternura retida.
*****************************

Sem bússola para se orientar

Todos serão seu caminho
Seguindo a Estrela Polar
Encontrará seu cantinho.
*******************************

Irá sem rota, a vaguear                    
Por terras de que nem sei
Nem nome, nem como voltar
Mas se regressar, viverei.
*********************************

E sob a luz  do luar
Mais parece um fora-da-lei
Corre, dia e noite, sem parar
Mas se o fizer, morrerei.
*********************************

Pressinto que deva andar
Em terras que não visitei.
Ou, nos areais, à beira-mar
Onde sempre me encontrei.
*******************************

Nalguma morada estará

Em algum recanto a viver.
Aquela que me encantará
E irá meus dias encher.
*********************************

Estará presente nesta Era?

Terá existido no passado?
A ser assim, bem quisera
A poder ter ressuscitado.
********************************

Se estiver enclausurada

Em monótono Convento
Até aí será encontrada,
Pois lá soprará o vento.
*******************************

E ainda que esteja casada
E escrava, na humilhação
Juro que será libertada
E que pedirei a sua mão.
*******************************

Poderá estar internada
Em hospício, em reclusão
Pelo vento será curada
E cessará a alienação.
********************************

Está, talvez, em meditação
Nalguma ermida isolada.
Findará a solidão
Restará acompanhada
*********************************

Se for a Bela Adormecida

Em profunda hibernação
Irá acordar para a vida
Com uma secreta oração.
*********************************

Mas, se no futuro existir

Se aí, seu tempo, estiver
Lá irá o vento sorrir
Fazendo o tempo ceder.
*********************************

E se o vento a encontrar

Aquela com quem sonhei
A boa nova me fará chegar
E como a recompensarei.
********************************

Todo me tenho para dar
Inteiro me oferecerei
Se o amor eu encontrar
Então, sim, renascerei.
*******************************

E do tempo que restar

Prometo que desfrutarei
Será a paixão a reinar
E cada dia a alimentarei.
********************************

E enquanto o Sol brilhar

Em fogo que atearei
Em noites de enregelar
Sua alma aquecerei.
*******************************

E da Terra, lhe darei o Mar

De veleiros todo enfeitado
E com a brisa que soprar
Soará um hino inspirado
*******************************


Por sereias, será entoado

No coro, os peixes estarão
Por harpas acompanhado
Que os anjos dedilharão.
*******************************

E que cantará a felicidade

Promessas de amor sem fim
Quem dera fosse verdade,
Mas, por agora , fico assim !




                                                              

domingo, 22 de julho de 2012

POESIA DE DESESPERO - LÁGRIMAS POR PORTUGAL





Porque choras , pobre criança                       Belo anjo, porque choras 
Assim, em lágrimas  banhada?                      Porque tens o rosto tapado?
Perdeste, tão cedo, a esperança                     É Portugal que deploras?
Por nasceres endividada ?                              Pareces, até, envergonhado.

"Num País de impunidade,                          "É um povo que vejo falido,
Onde impera a corrupção,                             É uma Nação saqueada,
Ainda sou de terra idade,                              Por este ou aquele partido,
E já sofro de frustração.                               Em imoralidade desenfreada.

E os meus pais que sentem,                         Roubam, impunes, à descarada,
Uma ciclópica provação                              Não sobra, sequer, um tostão.
Os seus olhos não mentem,                         E se a tramóia é desmascarada,
Neles vejo inquietação.                                Ainda se lhes paga indemnização

Eu só queria leitinho e pão,                          Promove-se o charlatão,
Mas o abono me retiraram. ***                    Fazem-se leis de conveniência.
E os políticos, ao seu milhão,                        Que tenebrosa maquinação,
Ainda mais acrescentaram.                           No poder, a delinquência.

Não valerá a pena estudar,                             De rastos a Educação,
Qualquer esforço é vão.                                 Um fétido vómito, a Justiça.
Penso, já, em emigrar,                                   Queimada uma geração,
Para escapar à humilhação.                         Vencem os ladrões, a preguiça.

E salvar-me, enquanto puder,                          Ao povo resta-lhe o "prego",
Vou inscrever-me num partido.                       Os partidos tudo minaram.
Que, se não o fizer, se cá viver,                       Torpes agências de emprego,
Tudo, para mim, estará perdido"                     Meu Portugal devastaram".




*** OS FAMIGERADOS E DESAVERGONHADOS POLÍTICOS, ENTRINCHEIRADOS NO PARLAMENTO, E PROTEGIDOS PELOS SEUS LACAIOS DA JUSTIÇA,  DECRETARAM O FIM DO ABONO DE FAMÍLIA NUM PAÍS COM UMA DAS MAIS BAIXAS TAXAS DE NATALIDADE DO MUNDO.  O POVO ASSISTE, MEDROSO E SUBJUGADO, SEM EXIGIR QUE ELES PERCAM ALGUMAS DAS SUAS MORDOMIAS. E QUE DIZER DAS CENTENAS DE MILHARES DE APANIGUADOS QUE OS DOIS PARTIDOS DOMINANTES COLOCARAM EM TODOS OS LUGARES DO ESTADO? COMO É QUE UM PAÍS PODE EVOLUIR SE AS HABILITAÇÕES EXIGIDAS AOS SEUS QUADROS É TER O CARTÃO DO PARTIDO? OS VERDADEIROS QUADROS, AQUELES QUE ERAM NECESSÁRIOS E QUE SÃO HONESTOS E COMPETENTES, ESSES, HUMILHADOS E IMPOTENTES, PROCURAM A EMIGRAÇÃO.
                                          B A S T A ! B A S T A !       

REPOSIÇÃO. ISTO FOI ESCRITO E PUBLICADO HÁ CERCA DE 2 ANOS. DESDE ENTÃO, A VILANAGEM, POUCA VERGONHA E A HUMILHAÇÃO DE UM POVO NÃO CESSOU DE AUMENTAR. E OS PATIFES DO COSTUME, QUE SE MUDAM DO PARLAMENTO PARA O GOVERNO E DO GOVERNO PARA O PARLAMENTO, NÃO PARAM DE ENRIQUECER. AUXILIADOS PELOS SEUS CAPANGAS DOS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS, AUTÊNTICOS BANDOS DE MALFEITORES QUE COZINHAM AS LEIS AO MILÍMETRO E PREPARARAM CONTRATOS QUE HIPOTECARÃO AS GERAÇÕES VINDOURAS, E POR UMA JUSTIÇA INFAME E NOJENTA, AFUNDARAM E DESGRAÇARAM UM POVO.



sexta-feira, 25 de maio de 2012

TRAVEL C, Nº 29 - FRANCE



                                      VILLENEUVE-SUR-IYONNE

( P )  GPS N 48.08756  ;  E 3.29645

Dominated by its majestic church, Our Lady of the Assumption, Villeneuve is one of the cities with a royal dungeon (The Great Tower or Tower Louis the Fat), the attribute of power and the glory of Philippe Auguste in line Tour of the Louvre. Philip Augustus held parliament in 1204 and St. Louis lived there in 1270 before leaving for the Eighth Crusade to Tunis where he died of the plague.
The fourteenth to the sixteenth Villeneuve lost its strategic importance and is impacted by economic difficulties of the Hundred Years War and the fire of 1594 (Wars of Religion).
The seventeenth sees the rebirth of the city around its traditional (wood, vines, tanneries and river trade). The church ends with the Renaissance facade of Jacques Chereau (historical museum at the Porte de Joigny)

























                                                      JOIGNY

( P ) N 47.98018  ;  E  3.39327

The romantic painter Turner sketched the countryside here in 1802. This is a picturesque little town, spilling down the terraces of the Côte St-Jacques overlooking the River Yonne. Rebuilt in the 16th century after much of it was destroyed by fire, some of the buildings have wooden carved decoration, notably the houses called the Arbre de Jessé, Maison du Pilori, Maison du Bailli and Maison de l’Ave Maria. The view from the top of the Côte de St-Jacques over the town and river is particularly lovely.
Joigny is lively, with a good market, contemporary art museum and plenty of waterway activity. The Canal de Bourgogne begins its path here making it a centre for boat hire during the summer months.
The Côte St-Jacques is famous for its vin gris which has a ‘semi-regional’ AOC.

An historic archway in Joigny
To the north and east of the town is the unspoilt wooded area of the Pays d'Othe which stretches into the Champagne region. Making a refreshing change from wine, this is cider making country with apple orchards covering the lush valleys. At Vaudeurs you can visit the old wooden presses and taste a French version of scrumpy.
Amongst the oak, beech, maple and wild cherry trees in the forest, there are much sought after mushrooms in autumn. This is a glorious area for nature lovers for walking, riding and birdwatching.

Camping Municipal  1/04 - 31/10   www.joigny.com   GPS  N 47º 58´ 55"  ;  E  3º  22´ 32"

                                                                 AUXERRE

Camping Municipal   15/04  - 30/09   TEL  03 86 52 11 15  Centro-1,5 kms  camping.mairie@auxerre.com


GPS N 47º  47´ 9"  ;  E 3º  35´ 16"

                                                              VEZELAY
Camping Ermitage
GPS  N 47.45653  ; E 3.73764