Meu Universo, meu Planeta
Meu Continente, minha Terra
Com o Atlântico, presenteada.
Mas no desanimo mergulhada
Porque na dolência se encerra
Vítima de governação abjecta.
E de uma justiça malvada, infecta
Que para longe da Pátria desterra
Parte de uma Nação penhorada
Tão pálida, tristonha e magoada
E que em sua carne já enterra
Espinhos da culpa que a afecta.
E a minha consciência se erecta
Contra o saque e contra a guerra
Aos que hão-de vir, declarada.
Sua futura existência, hipotecada
Pelos golpes que a política desferra
Pelos golpes que a política desferra
Na actual, oca, geração que vegeta.