Pálida manhã e eu cansado
Deste marasmo, espancado,
Trajando de nostalgia.
Negras nuvens, escuro dia.
E imploro ao Universo
Que me guie neste verso
Pois nele quero contar
O que me está a sufocar.
O meu vulcão, não extinto,
E esta amargura que sinto,
Fê-lo entrar em actividade,
Queimando a minha vontade.
E a lava incandescente
Ocupou o lugar da mente.
Catastrófica melancolia,
De que serve a filosofia?
Nunca seria um castrado
Ao destino cantando o fado.
Só me tento localizar,
Atordoado, só de pensar.
Mas ele resta, o pensamento
E bem percebe o desalento.
E, fora do tempo sobrevivo
E, desta selva, sou cativo.
Todos vivem a sua utopia
Onde não encontro alegria,
Onde me possa acalmar,
Algum sentido encontrar.
Tantas vezes sigo às cegas
Que meu espírito tem pregas.
Ele afasta-me do presente
Do qual me sinto ausente.
E o meu descontentamento
Não cabe num só lamento.
Mas eu o quero partilhar
E minha alma vou visitar.
Bem atento a vou escutar,
Que nada me tente ocultar.
Não tenho tempo a perder,
Se estou vivo, é para viver.
Mas nunca uniformizado,
Na multidão misturado.
Eu sou único, irrepetível,
Um ser lúcido e sensível.
E uma musa inspiradora,
Tal como eu, sofredora,
Que se sinta sem lugar,
Que me venha procurar.
A minha génese é universal
Reclamo MEU espaço vital.
Careço de ar para respirar,
Deste marasmo, espancado,
Trajando de nostalgia.
Negras nuvens, escuro dia.
E imploro ao Universo
Que me guie neste verso
Pois nele quero contar
O que me está a sufocar.
O meu vulcão, não extinto,
E esta amargura que sinto,
Fê-lo entrar em actividade,
Queimando a minha vontade.
E a lava incandescente
Ocupou o lugar da mente.
Catastrófica melancolia,
De que serve a filosofia?
Nunca seria um castrado
Ao destino cantando o fado.
Só me tento localizar,
Atordoado, só de pensar.
Mas ele resta, o pensamento
E bem percebe o desalento.
E, fora do tempo sobrevivo
E, desta selva, sou cativo.
Todos vivem a sua utopia
Onde não encontro alegria,
Onde me possa acalmar,
Algum sentido encontrar.
Tantas vezes sigo às cegas
Que meu espírito tem pregas.
Ele afasta-me do presente
Do qual me sinto ausente.
E o meu descontentamento
Não cabe num só lamento.
Mas eu o quero partilhar
E minha alma vou visitar.
Bem atento a vou escutar,
Que nada me tente ocultar.
Não tenho tempo a perder,
Se estou vivo, é para viver.
Mas nunca uniformizado,
Na multidão misturado.
Eu sou único, irrepetível,
Um ser lúcido e sensível.
E uma musa inspiradora,
Tal como eu, sofredora,
Que se sinta sem lugar,
Que me venha procurar.
A minha génese é universal
Reclamo MEU espaço vital.
Careço de ar para respirar,