quinta-feira, 20 de outubro de 2011

POEMAS DO DESESPERO - EU SOU


" SOU O SOL DE ALGUÉM"

Sou filho da Terra e do Céu
Sou semente da liberdade
Quem disser que sou só seu
Mentirá à verdade

Eu nunca serei de ninguém
De alguém serei possessão
Tão pouco daquela por quem
Me venha a perder, de paixão

Sou o vento que se sente
Mas que se não pode tocar
O Sol surgido a Oriente
O cintilo que pode cegar

Sou o brilho das Estrelas
Alindando a noite escura
E sou a chama das velas
Que luzem na sepultura

Sou a força das marés
E solto, apenas, poesia
O cativo que nas galés
Se ampara na utopia

Eu sou o areal dourado
Sereno espelho ao luar
Eu sou o grito sufocado
O pranto por desaguar

Eu sou um filho de Deus
Minha mente é infinita
Eu sou o ateu dos ateus
Sou a semente bendita

Eu sou a desconexão
Entre o viver e o sofrer
Sou fruto da sedução
Não perecerei ao morrer

Sou escravo da melancolia
Nato entre a paz e a guerra
Por vezes, manifesto alegria
Sou um passageiro da Terra

Sou efeito da tempestade
Eu sou um sobrevivente
Sou o arauto da verdade
E da traição sou temente

Sou a árvore tombada
Onde nasce uma flor
Eu sou a raiz enterrada
Nos idos campos da dor

Sou a face oculta da Lua
Eu sou a Fé e o Mistério
O Direito que caiu à rua
O silêncio dum cemitério

Sou deserto, a faminta criança
Que os abastados esqueceram
Mas sou o oásis da esperança
Para os que a fé já perderam

Sou o apóstolo da rebelião
De todos os injustiçados
Um cérebro da insurreição
Recrutando escravizados

Eu sou a voz, eu acalento
Cada ser vivo humilhado
Mas com a mente afugento
Desarmando o desalmado

Eu sou o que se levanta
Contra as cruéis tradições
E sou o urro que espanta
As selvagens  multidões

Eu sou tudo, eu sou nada
Sou uma alma do Universo
Tenho uma hora marcada
Não poderei ser perverso

E por ser tudo, eu sou espaço
Sou onde fervilham as ideias
Tento honrar no que faço
O sangue que tenho nas veias

E por não ser nada, serei tudo
E tudo haverá por sondar
Nunca me esquecendo, contudo
De, como mil trovões, gritar:

“Que quem julga que tudo é
Chafurda na devassidão
Descende de um chimpanzé
Será cadáver em putrefação

É o cego que tudo quer
E que a tudo deita a mão
Dele dirão, ao morrer,
Nada é, viveu em vão

Dos outros fez suas presas
Nem viu seu filho crescer
Roubou vidas e riquezas
Que outros irão derreter

Que foi parte de uma praga
Que assola a Humanidade
E que só agravou a chaga
Pregando a bestialidade”

E sendo tudo, a todos pertenço
Hoje, sempre, e no além
Mas sendo nada, eu não convenço
E jamais converterei alguém

Mas intento ser merecedor
Do milagre que é a vida
Creio que sairei vencedor
Na hora da despedida


" EU SOU NADA"

domingo, 16 de outubro de 2011

POEMAS DO DESESPERO - MINHA POESIA, MEU ALENTO




A velocidade desconcertante
Bem maior que o pensamento
A caminho do espaço distante
Vai minha poesia e alento

Em busca de vida nas estrelas
Que em algum lugar há-de haver
Vão meus versos, minhas telas
Vai minha alma, vai meu ser

Vão num cometa, gravados
Cruzam os céus infinitos.
Um dia serão encontrados
Ou para sempre malditos.

Deixarão o sistema solar
Em busca de outros mundos.
Poderá alguém os declamar
Até os reconhecer, profundos.

Bem longe da Terra abastada
De miséria, arrogância e morte.
Livres da ignorância instalada
 Pode ser que tenham sorte.

E apartados da bestialidade
Que a mente humana fustiga
A anos-luz da imbecilidade
Espero que, um dia, alguém diga:
                                                     

                                          MENSAGEM DAS ESTRELAS
                                                                      

Ainda sobrevive na Terra?
Que observamos com nojo.
Quem não pense só em guerra?
Quem não passe de um despojo?

Quem apregoe a verdade?
Em versos de ira incontida.
Num mundo de falsidade
De estupidez desmedida.

Ainda há quem se atreva?
Nesse planeta brilhante?
Acender a luz na treva?
Da idiotice dominante?

Quem clame pela Justiça?
Nas mãos dos depravados.
Quem reme contra a preguiça?
Dos cérebros manipulados.


Quem denuncie a política?
Nas garras da podridão.
Que explora a pacifica
Indolência da multidão.

Quem lamente as religiões
Nas mãos de delinquentes.
Que em inflamados sermões
Entregam bombas aos crentes.

Quem condene a escravidão
Que de novo recrudesceu.
Com a ganância e devassidão
Que do capitalismo renasceu.

Quem chore por sua Nação
Nas garras do consumismo.
Que pariu uma geração
Acobardada no conformismo.

Quem lastime o seu povo
Que se deixou enganar
Por um tenebroso polvo
Que permitiu se instalar.

Quem denuncie a impunidade
Dos patifes engravatados.
Quem defenda a igualdade
E os princípios, já sepultados

Continua assim a escrever
Mesmo que não vás muito além.
Terás sido, ao morrer
Não mais um, mas alguém.

Alguém com um ideal
De esperança, justiça e paz.
As contas são no final
Conta o que se faz ou não faz.

E combate pela liberdade
Do pensamento e da acção.
E conquista a eternidade
Nos campos da inquietação.”


terça-feira, 11 de outubro de 2011

VIAGEM C - ( Nº 13 ) - FRANCE - PALÁCIO DE FONTAINEBLEAU

                          PALÁCIO DE FONTAINEBLEAU   
                    CHÂTEAU DE FONTAINEBLEAU
                               FONTAINEBLEAU PALACE

UNESCO WORLD HERITAGE SITE
-PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE


Era este o segundo palácio do Rei Sol ( LUÍS XIV ) - O terceiro era em Compiegne ( publicarei brevemente). O primeiro era em Versailles.                                                                                                

(P )   GPS  N48.39715  ;  E  2.70222
Este parque, gratuito, situa-se a 300 mts da entrada. Há outros


































































































   A seguir : França (As grandes catedrais góticas e Iª Guerra Mundial)